terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O despertar

 

O que se passa com as manifestações em vários Países radica seguramente em raízes profundas de descontentamento. Basta conferir o rendimento per capita nessas regiões do Mundo.
Esse é um lado do problema. O outro é a amplificação que delas é feita. Os Órgãos de Comunicação precisam, cada vez mais, todos os dias, de razões para conseguirem fortes audiências. Esse é o outro lado, o lado de que poucos gostam de falar. Existem as excitações de momento e depois? Querem falar do Haiti?
Este é e será um dos principais problemas do Mundo: o sentido da medida. Distinguir os assuntos em função da sua importância e da sua dimensão. Hoje em dia, em vários casos, temos os fenómenos sociais que as Televisões escolhem, os Países em dificuldades económicas, financeiras e orçamentais que os órgãos de comunicação elegem como alvos enquanto outros vão escapando até entrarem na mira.
Na Tunísia e no Egipto certamente que havia e há enormes razões de descontentamento. Aquilo contra que me insurjo é o tempo e o modo como o Mundo acorda para as realidades que existem e que, com a globalização, deviam ser conhecidos e reconhecidos antes de entrarem nas redes de notícias.

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