quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

IEFP: desempregados baixam pela 1ª vez em 28 meses

 

13.623 ofertas de trabalho, mas só 4.327 pessoas foram colocadas

O número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego do Continente e Regiões Autónomas caiu 0,5% em Janeiro deste ano, face ao homólogo de 2010, para 557.244 pessoas, revela o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) no relatório mensal. É a primeira queda após 27 meses consecutivos de subida.

Na comparação com o último mês do ano passado, os dados não são tão positivos e revelam uma subida de 2,8%.

A diminuição homóloga do desemprego verificou-se nos homens (-2,2%), enquanto o número de mulheres desempregadas aumentou (+0,9%). Por grupo etário, a evolução anual do desemprego também foi diferenciada: o número de jovens desempregados decresceu 9,9%, enquanto o número de adultos subiu um aumento de 0,9%.

Por níveis de habilitação escolar, o 1º e 2º ciclos do ensino básico diminuíram o volume de desempregados, mas nos outros níveis de instrução verificou-se um agravamento do desemprego, principalmente no secundário (+5,8%) e superior (+4,5%).

Desemprego de longa duração dispara 21%

Quanto ao tempo de duração da procura de emprego, 57,9% dos desempregados inscritos, estavam registados há menos de um ano e 42,1% há um ano ou mais. O desemprego de longa duração disparou 21,2%.

Por regiões, as quedas fizeram-se sentir a Norte (-1,1%), Centro (-5,1%) e no Alentejo (-3,8%). Nas restantes regiões o desemprego aumentou, destacando-se a Região Autónoma da Madeira com o aumento mais acentuado (+13,8%). Face ao mês anterior, o desemprego aumentou em todas as regiões do País.

Quanto às profissões dos desempregados, os dados do Continente confirmam a elevada representatividade dos trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (67.548), do pessoal dos serviços de protecção e segurança (66.628), dos empregados de escritório (55.581), dos trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústrias transformadoras (48.080) e dos operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil (46.142). Estes cinco grupos profissionais expressavam, no seu conjunto, 53,1% do total de desempregados inscritos no final do mês em análise.

Quais as profissões com menos desemprego?

Os grupos profissionais brindados com uma diminuição do número de desempregados foram os operadores de máquinas e trabalhadores da montagem (-13,5%), outros operários, artífices e trabalhadores similares (-9,7%) e trabalhadores da metalurgia, metalomecânica e similares, (-9,3).

Pelo contrário, há mais inscritos entre os docentes do ensino secundário, superior e profissões similares e os profissionais de nível intermédio do ensino com, respectivamente, +39,6% e +36,4%.

Considerando a actividade económica de origem do desemprego, dos 494.641 desempregados que no final do mês se encontravam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Centros de Emprego do Continente, 59,8% eram oriundos de actividades dos serviços, 36,2% da indústria e 3,7% do sector agrícola.

Há 13.600 vagas para preencher

Só durante o mês de Janeiro inscreveram-se 63.269 trabalhadores desempregados, dos quais 38,9% alegavam fim de trabalho não permanente e 18,4% foram despedidos.

Os centros de emprego tinham 13.623 ofertas de emprego por preencher, das quais 8.739 chegaram precisamente no primeiro mês do ano. As restantes, já vinham de trás e ainda não tinham sido preenchidas.

A maioria das ofertas de vagas vem das actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio, do comércio por grosso e a retalho, do alojamento, restauração e similares, da construção e da indústria do vestuário.

Os centros de emprego conseguiram colocar 4.327 pessoas, mais de metade em apenas quatro grupos profissionais: pessoal dos serviços, protecção e segurança, outros operários, artífices e trabalhadores similares, trabalhadores não qualificados das minas, construção
civil e indústria transformadora e trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio.

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