quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

MAÇONARIA EM WASHINGTON


 


Pentagrama de Washington

Washington esconde marcas da ordem que já reuniu um terço dos presidentes americanos e abriga hoje 3 milhões de pessoas no mundo. O novo livro de Dan Brown pretende desvendar os símbolos perdidos na capital
por Raquel Krahenbuhl


O Artigo 1, seção 8 da Constituição Americana (1787), determina os poderes do Congresso e prevê a criação de um território de até 256 quilômetros quadrados para abrigar o governo dos Estados Unidos. 
O perímetro exato foi determinado pelo presidente George Washington (1732-1799), numa área pantanosa doada pelos estados de Maryland e Virgínia, na bifurcação do rio Potomac. 
O pai da pátria escolheu os arquitetos, supervisionou o planejamento e emprestou o nome à capital federal, no Distrito de Colúmbia. 
No dia 18 de setembro de 1793, tambores rufaram para que ele marchasse até o platô onde seria construído o mais importante edifício da nação. 
Numa cerimônia maçônica típica, ostentando um avental da fraternidade, o presidente instalou a pedra fundamental do Capitólio.

A cidade nasceu em 1790 sob forte influência maçom, assim como o país. "Muitos americanos viam os princípios da ordem como uma representação importante do que a nação deveria ser: cosmopolita, educada, religiosa sem ser sectária e aberta a todas as pessoas talentosas e de boa moral", diz o historiador Steven Bullock, do Instituto Politécnico Worcester. 
Quase um terço dos signatários da Constituição era maçom, como Benjamin Franklin (1706-1790). Escritor, soldado, diplomata e inventor, foi figura central na revolução americana. Honra, disciplina e respeito faziam parte do código de conduta que ele e os irmãos da ordem pretendiam disseminar, sob os ideais da liberdade, fraternidade e igualdade. Franklin é considerado figura-chave na formação dos valores e do caráter dos americanos. Depois de George Washington, 14 dos 44 presidentes dos Estados Unidos aderiram à maçonaria. Entre eles, Theodore Roosevelt e Harry Truman. Lyndon Johnson foi o ultimo de que se tem notícia.


Todos puderam encarar a arquitetura da capital com particular orgulho, capazes de entender os sinais espalhados pela fraternidade (veja nas págs. 37 e 38). O Símbolo Perdido, de Dan Brown, pretende revelar algumas dessas marcas. Na sequência de O Código Da Vinci, o simbologista Robert Langdon tenta desvendar o testamento maçônico da cidade para resgatar o amigo Peter Solomon, grão-mestre de um segmento da ordem, o Rito Escocês. O sequestrador é o vilão tatuado, Mal’akh, interessado numa espécie de tesouro mágico guardado pelos membros da fraternidade.




 

Pirâmide de Hopkinson em 1778. "Perrennis" significa "Através dos anos"
 
Renderização Oficial do reverso do Great Seal

Entre ficção e realidade, a capital se transforma no cenário ideal para a busca de Langdon. Além dos líderes fundadores, arquitetos e engenheiros de Washington pertenciam à maçonaria, cuja origem remonta às corporações de ofício da Idade Média - a dos pedreiros (masons em inglês) estava entre as mais poderosas e inaugurou a fidelidade a rituais e simbologia próprios, mantidos sob sigilo juramentado.

 

"The Cornerstone of Washington" a cerimônia de lançamento da pedra fundamental da Capital americana realizada por George Washington e outros maçons.


Benjamin Latrobe, um dos arquitetos do Capitólio e do interior da Casa Branca, era maçom, assim como James Hoban, autor da planta da morada presidencial. Primeiro a planejar a cidade, o engenheiro francês Pierre Charles L'Enfant, ao contrário do que sustenta Brown, não era membro da ordem, mas sim amigo de muitos. Ele foi escolhido e assessorado - de modo insistente, até - por George Washington. Antes da sede do Congresso, a Casa Branca e depois muitos edifícios públicos e monumentos da capital receberam as pedras fundamentais em rituais maçônicos. "Há uma mensagem religiosa implícita em quase todos os prédios, memoriais e artes de Washington que remete aos ideais originais dos Pais Fundadores", afirma James Wasserman em The Secrets of Masonic Washington ("Os segredos da Washington maçônica", inédito no Brasil). "A arquitetura clássica pretendia trazer perfeição e estabilidade aos sonhos modernos do novo país."

 

Maçonaria-George Washington-Folhinha Homenagen

A irmandade mantém dois grandes "santuários" na região: a Casa do Templo, onde transcorrem capítulos decisivos de O Símbolo Perdido, e o Monumento Maçônico Nacional a George Washington, na vizinha Alexandria, no estado da Virgínia. O prédio, construído entre as décadas de 1920 e 30, foi inspirado no antigo farol da cidade egípcia e ainda abriga as reuniões da loja que o patriarca dirigiu. Erguida em 1910, a Casa do Templo remete ao mausoléu de Halicarnasso, tumba pré-cristã do rei Mausolo - vem daí o termo mausoléu. Há também várias estátuas de maçons na capital, como a de Albert Pike, na Judiciary Square, e a do presidente James Garfield, nos jardins do Capitólio.

1 comentário:

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