Eram mais de 36% em 2009. E taxa de desemprego só tem vindo a aumentar. Sem ajudas do Estado, seria muito pior
O tempo passa, mas o risco de pobreza mantém-se em Portugal e, se olharmos apenas para a população desempregada, as estatísticas podem assustar. São 36,4% as pessoas sem trabalho que se encontram neste «limbo».
Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística - relativos a 2009 e divulgados esta segunda-feira - mostram que os portugueses que correm o risco de entrar no buraco da pobreza são 17,9% da população total.
Sem as ajudas do Estado, a percentagem subiria para os 43,4%. «O impacto das transferências sociais (excluindo pensões) na redução da taxa de pobreza registou um aumento significativo em 2009», aponta o INE.
Desemprego histórico pode pesar ainda mais
Os indicadores não sofrem grandes variações em relação a 2008, mas no que toca aos desempregados dão que pensar. É que se em 2009 eram mais de 36% os que corriam risco de pobreza, de lá para cá o desemprego só tem vindo a aumentar. A taxa já vai nos históricos 12,6%.
Não será de admirar, por isso, que a percentagem se tenha agravado entre 2010 e 2011, até porque o Estado tem vindo a apertar o cerco ao acesso a algumas prestações sociais.
Se há dois anos, «o contributo das transferências sociais, relacionadas com a doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social, reduziu em 8,5 pontos percentuais a proporção da população em risco de pobreza», agora as restrições são muitas.
Risco também paira sobre população empregada
Mesmo entre a população empregada o risco de pobreza existe - era de 9,7% em 2009, ainda assim menos do que no ano anterior (10,3%); entre os reformados sobe para os 18,5% (em 2008 estava nos 17,4%).
Nos jovens com menos de 18 anos, a taxa de risco era de 22,4%, menos meio ponto percentual. Por sexos, tudo na mesma: entre as mulheres 18,4% e entre os homens 17,3%.
Nas famílias sem crianças, o risco baixou de 17,9% para 16,5%. Nas famílias com filhos a melhoria deu-se dos 19,9% para os 19,1%, «todavia ultrapassando em 1,2 pontos percentuais o valor registado para o total da população residente».
Já entre a população idosa, mais de um quinto vivia em risco de pobreza em 2009. Estamos a falar de 21% dos idosos, quase mais 1% do que em 2008.
A taxa de intensidade da pobreza em Portugal que, como explica o INE, «mede a diferença entre o valor do limiar de pobreza e o rendimento monetário mediano dos indivíduos em risco de pobreza» era de 22,7% (23,6 em 2008).
Há a destacar ainda que os ricos ainda ganham muito mais do que os pobres, mas as desigualdades têm vindo a diminuir. «O rendimento monetário líquido equivalente dos 20% da população com maiores recursos correspondia a 5,6 vezes o rendimento dos 20% da população com mais baixos recursos».
O tempo passa, mas o risco de pobreza mantém-se em Portugal e, se olharmos apenas para a população desempregada, as estatísticas podem assustar. São 36,4% as pessoas sem trabalho que se encontram neste «limbo».
Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística - relativos a 2009 e divulgados esta segunda-feira - mostram que os portugueses que correm o risco de entrar no buraco da pobreza são 17,9% da população total.
Sem as ajudas do Estado, a percentagem subiria para os 43,4%. «O impacto das transferências sociais (excluindo pensões) na redução da taxa de pobreza registou um aumento significativo em 2009», aponta o INE.
Desemprego histórico pode pesar ainda mais
Os indicadores não sofrem grandes variações em relação a 2008, mas no que toca aos desempregados dão que pensar. É que se em 2009 eram mais de 36% os que corriam risco de pobreza, de lá para cá o desemprego só tem vindo a aumentar. A taxa já vai nos históricos 12,6%.
Não será de admirar, por isso, que a percentagem se tenha agravado entre 2010 e 2011, até porque o Estado tem vindo a apertar o cerco ao acesso a algumas prestações sociais.
Se há dois anos, «o contributo das transferências sociais, relacionadas com a doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social, reduziu em 8,5 pontos percentuais a proporção da população em risco de pobreza», agora as restrições são muitas.
Risco também paira sobre população empregada
Mesmo entre a população empregada o risco de pobreza existe - era de 9,7% em 2009, ainda assim menos do que no ano anterior (10,3%); entre os reformados sobe para os 18,5% (em 2008 estava nos 17,4%).
Nos jovens com menos de 18 anos, a taxa de risco era de 22,4%, menos meio ponto percentual. Por sexos, tudo na mesma: entre as mulheres 18,4% e entre os homens 17,3%.
Nas famílias sem crianças, o risco baixou de 17,9% para 16,5%. Nas famílias com filhos a melhoria deu-se dos 19,9% para os 19,1%, «todavia ultrapassando em 1,2 pontos percentuais o valor registado para o total da população residente».
Já entre a população idosa, mais de um quinto vivia em risco de pobreza em 2009. Estamos a falar de 21% dos idosos, quase mais 1% do que em 2008.
A taxa de intensidade da pobreza em Portugal que, como explica o INE, «mede a diferença entre o valor do limiar de pobreza e o rendimento monetário mediano dos indivíduos em risco de pobreza» era de 22,7% (23,6 em 2008).
Há a destacar ainda que os ricos ainda ganham muito mais do que os pobres, mas as desigualdades têm vindo a diminuir. «O rendimento monetário líquido equivalente dos 20% da população com maiores recursos correspondia a 5,6 vezes o rendimento dos 20% da população com mais baixos recursos».
Sem comentários:
Enviar um comentário