quarta-feira, 30 de março de 2011

Islândia. O povo é quem mais ordena. E já tirou o país da recessão

 

por Joana Azevedo Viana, Publicado em 26 de Março de 2011   
Nem o frio pára o povo: duas revoluções pacíficas já levaram a grandes mudanças
Nem o frio pára o povo: duas revoluções pacíficas já levaram a grandes mudanças
céu guarda/kameraphoto
    Os protestos populares, quando surgem, são para ser levados até ao fim. Quem o mostra são os islandeses, cuja acção popular sem precedentes levou à queda do governo conservador, à pressão por alterações à Constituição (já encaminhadas) e à ida às urnas em massa para chumbar o resgate dos bancos.

    Desde a eclosão da crise, em 2008, os países europeus tentam desesperadamente encontrar soluções económicas para sair da recessão. A nacionalização de bancos privados que abriram bancarrota assim que os grandes bancos privados de investimento nos EUA (como o Lehman Brothers) entraram em colapso é um sonho que muitos europeus não se atrevem a ter. A Islândia não só o teve como o levou mais longe.

    Assim que a banca entrou em incumprimento, o governo islandês decidiu nacionalizar os seus três bancos privados - Kaupthing, Landsbanki e Glitnir. Mas nem isto impediu que o país caísse na recessão. A Islândia foi à falência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrou em acção, injectando 2,1 mil milhões de dólares no país, com um acrescento de 2,5 mil milhões de dólares pelos países nórdicos. O povo revoltou-se e saiu à rua.

    Lição democrática n.º 1: Pacificamente, os islandeses começaram a concentrar-se, todos os dias, em frente ao Althingi [Parlamento] exigindo a renúncia do governo conservador de Geir H. Haarde em bloco. E conseguiram. Foram convocadas eleições antecipadas e, em Abril de 2009, foi eleita uma coligação formada pela Aliança Social-Democrata e o Movimento Esquerda Verde - chefiada por Johanna Sigurdardottir, actual primeira-ministra.

    Durante esse ano, a economia manteve-se em situação precária, fechando o ano com uma queda de 7%. Porém, no terceiro trimestre de 2010 o país saiu da recessão - com o PIB real a registar, entre Julho e Setembro, um crescimento de 1,2%, comparado com o trimestre anterior. Mas os problemas continuaram.


    Lição democrática n.º 2: Os clientes dos bancos privados islandeses eram sobretudo estrangeiros - na sua maioria dos EUA e do Reino Unido - e o Landsbanki o que acumulava a maior dívida dos três. Com o colapso do Landsbanki, os governos britânico e holandês entraram em acção, indemnizando os seus cidadãos com 5 mil milhões de dólares [cerca de 3,5 mil milhões de euros] e planeando a cobrança desses valores à Islândia.

    Algum do dinheiro para pagar essa dívida virá directamente do Landsbanki, que está neste momento a vender os seus bens. Porém, o relatório de uma empresa de consultoria privada mostra que isso apenas cobrirá entre 200 mil e 2 mil milhões de dólares. O resto teria de ser pago pela Islândia, agora detentora do banco. Só que, mais uma vez, o povo saiu à rua. Os governos da Islândia, da Holanda e do Reino Unido tinham acordado que seria o governo a desembolsar o valor total das indemnizações - que corresponde a 6 mil dólares por cada um dos 320 mil habitantes do país, a ser pago mensalmente por cada família a 15 anos, com juros de 5,5%. A 16 de Fevereiro, o Parlamento aprovou a lei e fez renascer a revolta popular. Depois de vários dias em protesto na capital, Reiquiavique, o presidente islandês, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou aprovar a lei e marcou novo referendo para 9 de Abril.

    Lição democrática n.º 3: As últimas sondagens mostram que as intenções de votar contra a lei aumentam de dia para dia, com entre 52% e 63% da população a declarar que vai rejeitar a lei n.o 13/2011. Enquanto o país se prepara para mais um exercício de verdadeira democracia, os responsáveis pelas dívidas que entalaram a Islândia começam a ser responsabilizados - muito à conta da pressão popular sobre o novo governo de coligação, que parece o único do mundo disposto a investigar estes crimes sem rosto (até agora).

    Na semana passada, a Interpol abriu uma caça a Sigurdur Einarsson, ex-presidente-executivo do Kaupthing. Einarsson é suspeito de fraude e de falsificação de documentos e, segundo a imprensa islandesa, terá dito ao procurador-geral do país que está disposto a regressar à Islândia para ajudar nas investigações se lhe for prometido que não é preso.

    Para as mudanças constitucionais, outra vitória popular: a coligação aceitou criar uma assembleia de 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, etc. A nova Constituição será inspirada na da Dinamarca e, entre outras coisas, incluirá um novo projecto de lei, o Initiative Media - que visa tornar o país porto seguro para jornalistas de investigação e de fontes e criar, entre outras coisas, provedores de internet. É a lição número 4 ao mundo, de uma lista que não parece dar tréguas: é que toda a revolução islandesa está a passar despercebida nos media internacionais, pois não interessa aos grandes banqueiros internacionais, que são de facto os únicos interessados na falência do povo, ganhando ainda mais fortuna com os gigantescos juros do dinheiro que vão injectando nas democracias falidas

    AS VERDADES OCULTAS EM PORTUGAL

    Portugal visto de Espanha. 
        LISBOA, 21 sep (IPS) - Indicadores económicos y sociales periódicamente divulgados por la Unión Europea (UE) colocan a Portugal en niveles de pobreza e injusticia social inadmisibles para un país que integra desde 1986 el 'club de los ricos' del continente.
        Pero el golpe de gracia lo dio la evaluación de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económicos (OCDE): en los próximos años Portugal se distanciará aún más de los países avanzados.
        La productividad más baja de la UE , la escasa innovación y vitalidad del sector empresarial, educación y formación profesional deficientes, mal uso de fondos públicos, con gastos excesivos y resultados magros son los datos señalados por el informe anual sobre Portugal de la OCDE , que reúne a 30 países industriales.
        A diferencia de España, Grecia e Irlanda (que hicieron también parte del 'grupo de los pobres' de la UE ), Portugal no supo aprovechar para su desarrollo los cuantiosos fondos comunitarios que fluyeron sin cesar desde Bruselas durante casi dos décadas, coinciden analistas políticos y económicos.    En 1986, Madrid y Lisboa ingresaron a la entonces Comunidad Económica Europea con índices similares de desarrollo relativo, y sólo una década atrás, Portugal ocupaba un lugar superior al de Grecia e Irlanda en el ranking de la UE.. Pero en 2001, fue cómodamente superado por esos dos países, mientras España ya se ubica a poca distancia del promedio del bloque.
       
    'La convergencia de la economía portuguesa con las más avanzadas de la OCDE pareció detenerse en los últimos años, dejando una brecha significativa en los ingresos por persona', afirma la organización..
        En el sector privado, 'los bienes de capital no siempre se utilizan o se ubican con eficacia y las nuevas tecnologías no son rápidamente adoptadas', afirma la OCDE.
        'La fuerza laboral portuguesa cuenta con menos educación formal que los trabajadores de otros países de la UE , inclusive los de los nuevos miembros de Europa central y oriental', señala el documento.
        Todos los análisis sobre las cifras invertidas coinciden en que el problema central no está en los montos, sino en los métodos para distribuirlos. Portugal gasta más que la gran mayoría de los países de la UE en remuneración de empleados públicos respecto de su producto interno bruto, pero no logra mejorar significativamente la calidad y eficiencia de los
    servicios. Con más profesores por cantidad de alumnos que la mayor parte de los miembros de la OCDE , tampoco consigue dar una educación y formación profesional competitivas con el resto de los países industrializados.    En los últimos 18 años, Portugal fue el país que recibió más beneficios por habitante en asistencia comunitaria. Sin embargo, tras nueve años de acercarse a los niveles de la UE , en 1995 comenzó a caer y las perspectivas hoy indican mayor distancia.
        Dónde fueron a parar los fondos comunitarios?, es la pregunta insistente en debates televisados y en columnas de opinión de los principales periódicos del país. La respuesta más frecuente es que el dinero engordó la billetera de quienes ya tenían más.    Los números indican que Portugal es el país de la UE con mayor desigualdad social y con los salarios mínimos y medios más bajos del bloque, al menos hasta el 1 de mayo, cuando éste se amplió de 15 a 25 naciones.
        También es el país del bloque en el que los administradores de empresas públicas tienen los sueldos más altos. El argumento más frecuente de los ejecutivos indica que 'el mercado decide los salarios'. Consultado por IPS, el ex ministro de Obras Públicas (1995-2002) y actual diputado socialistaJoão Cravinho desmintió esta teoría. 'Son los propios administradores quienes fijan sus salarios, cargando las culpas al mercado', dijo.
        En las empresas privadas con participación estatal o en las estatales con accionistas minoritarios privados, 'los ejecutivos fijan sus sueldos astronómicos (algunos llegan a los 90.000 dólares mensuales, incluyendo bonos y regalías) con la complicidad de los accionistas de referencia', explicó Cravinho. Estos mismos grandes accionistas, 'son a la vez altos ejecutivos, y todo este sistema, en el fondo, es en desmedro del pequeño accionista, que ve como una gruesa tajada de los lucros va a parar a cuentas bancarias de los directivos', lamentó el ex ministro.
        La crisis económica que estancó el crecimiento portugués en los últimos dos años 'está siendo pagada por las clases menos favorecidas', dijo. Esta situación de desigualdad aflora cada día con los ejemplos más variados. El último es el de la crisis del sector automotriz. Los comerciantes se quejan de una caída de casi 20 por ciento en las ventas de automóviles de baja cilindrada, con precios de entre 15.000 y 20.000 dólares. Pero los representantes de marcas de lujo como Ferrari, Porsche, Lamborghini, Maserati y Lotus (vehículos que valen más de 200.000 dólares), lamentan no dar abasto a todos los pedidos, ante un aumento de 36 por ciento en la demanda. Estudios sobre la tradicional industria textil lusa, que fue una de las más modernas y de más calidad del mundo, demuestran su estancamiento, pues sus empresarios no realizaron los necesarios ajustes para actualizarla. Pero la zona norte donde se concentra el sector textil,tiene más autos Ferrari por metro cuadrado que Italia.    Un ejecutivo español de la informática, Javier Felipe, dijo a IPS que según su experiencia con empresarios portugueses, éstos 'están más interesados en la imagen que proyectan que en el resultado de su trabajo'. Para muchos 'es más importante el automóvil que conducen, el tipo de tarjeta de crédito que pueden lucir al pagar una cuenta o el modelo del teléfono celular, que la eficiencia de su gestión', dijo Felipe, aclarando que hay excepciones. Todo esto va modelando una mentalidad que, a fin de cuentas, afecta al desarrollo de un país', opinó.
        La evasión fiscal impune es otro aspecto que ha castrado inversiones del sector público con potenciales efectos positivos en la superación de la crisis económica y el desempleo, que este año llegó a 7,3 por ciento de la población económicamente activa. Los únicos contribuyentes a cabalidad de las arcas del Estado son los trabajadores contratados, que descuentan en la fuente laboral. En los últimos dos años, el gobierno decidió cargar la mano fiscal sobre esas cabezas, manteniendo situaciones 'obscenas' y 'escandalosas', según el
    economista y comentarista de televisión Antonio Pérez Metello. 'En lugar de anunciar progresos en la recuperación de los impuestos de aquellos que continúan riéndose en la cara del fisco, el gobierno (conservador) decide sacar una tajada aun mayor de esos que ya pagan lo que es debido, y deja incólume la nebulosa de los fugitivos fiscales, sin coherencia ideológica, sin visión de futuro', criticó Metello. La prueba está explicada en una columna de opinión de José Vitor Malheiros, aparecida este martes en el diario Público de Lisboa, que fustiga la falta de honestidad en la declaración de impuestos de los lamados profesionales liberales. Según esos documentos entregados al fisco, médicos y dentistas declararons), los arquitectos de ingresos anuales promedio de 17.680 euros (21.750 dólares), los abogados de 10.864 (13.365 dólares 9.277 (11.410 dólares) y los ingenieros de 8.382 (10.310 dólares).
    Estos números indican que por cada seis euros que pagan al fisco, 'le roban nueve a la comunidad', pues estos profesionales no dependientes deberían contribuir con 15 por ciento del total del impuesto al ingreso por trabajo singular y sólo tributan seis por ciento, dijo Malheiros. Con la devolución de impuestos al cerrar un ejercicio fiscal, éstos 'roban más de lo que pagan, como si un carnicero nos vendiese 400 gramos de bife y nos hiciese pagar un kilogramo, y existen 180.000 de estos profesionales liberales que, en promedio, nos roban 600 gramos por kilo', comentó con sarcasmo. Si un país 'permite que un profesional liberal con dos casas y dos automóviles de lujo declare ingresos de 600 euros (738 dólares) por mes, año tras año, sin ser cuestionado en lo más mínimo por el fisco, y encima recibe un subsidio del Estado para ayudar a pagar el colegio privado de sus hijos, significa que el sistema no tiene ninguna moralidad', sentenció.

    O FMI na Grécia

     

    Mas muito disto já nós temos e pior !  !
    Venha de lá o tal FMI, em força e depressa
    Vejo é muito menino com  mêdo ( terror) que alguém vá vasculhar as contas do Estado ....
    Sim, uma entidade externa a verificar as contas do Estado é coisa que traz muita gente em pânico
    Quanto mais tarde pior !!!!
     

    Na Grécia, o FMI deu nisto. Com as devidas proporções preparem-se para o que nos vai sair na rifa.

    Sector Público

    • Corte do subsídio de férias e natal para todos os empregados públicos que ganhem mais de 3000€/mês brutos. Quem ganhar menos de 3000€ vai receber 250€ pela Páscoa, 250€ no Verão e 500€ no Natal;  
    • Reduzir os subsídios de 8 a 20% no sector público estado e 3% nas empresas públicas  
    • Uniformizar todos os salários pagos pelo estado;  
    • Congelar todos os salários do sector público até 2014.


    Sector Privado

    • Chegou-se a um acordo colectivo, assinado em 15 de Julho, pelo qual os empregados do sector privado na Grécia continuam a receber o seu salário anual em 14 pagamentos (chegou a ser sugerido passar para 12 pagamentos). Não houve aumentos em 2010 e prevê-se aumentos de 1.5 a 1.7% para 2011 e 2012 – muito abaixo da inflação actual que ronda os 5.6%.  
    • Imposição de um imposto aplicado uma única vez às empresas que tenham tido mais de 100 000€ de lucro em 2009:
      • 100 000 a 300 000: 4%;
      • 300 001 a 1 000 000: 6%;
      • 1 000 001 a 5 000 000: 8%;
      • Mais de 5 000 000: 10%.

      • Alargar os limites pelos quais os empregadores podem despedir funcionários:
        • Empresas com até 20 empregados: sem limite;
        • Empresas com um número de empregados entre 20 e 150: até 6 despedimentos por mês;
        • Empresas com mais de 150 empregados: até 5% dos efectivos ou 30 despedimentos por mês.
               

            • Redução das indemnizações por despedimento, que também poderão ser pagas bimensalmente;  

            • Pessoas jovens, com menos de 21 anos podem ser contratadas durante um ano recebendo 80% do salário mínimo (592€). O pagamento da segurança social também será apenas de 80% e findo o ano de contrato têm direito a ingressar nos centros de emprego;  

            • Pessoas com idades entre os 15 e os 18 anos podem ser contratadas por 70% do salário mínimo, o que dá 518€;  

            • Os empregados considerados redundantes não podem contestar o despedimento a menos que o empregador concorde;  

            • Empregados pela primeira vez, com menos de 25 anos, podem ser pagos abaixo do salário mínimo;  

            • Pessoas que auto empregadas com OAEE (sistema de seguro para empresários em nome individual), que por qualquer motivo não tenham trabalho, são cobertos pelo seguro durante até dois anos desde que:
              • Tenham trabalhado um mínimo de 600 dias, mais 120 por cada dia acima dos 30 anos até terem chegado aos 4500 dias ou 15 anos de trabalho;
              • Não estejam segurados por um seguro do sector público.
                     

                  • Liberalização das profissões ou sectores fechados (são aquelas profissões ou sectores que necessitam de autorizações do estado ou que estão altamente reguladas, tais como notários, farmácias, cirurgiões, etc). Esta medida não foi implementada dado que há processos a decorrer no Tribunal Europeio;  

                  • Cancelar o segundo pagamento de pagamentos de solidariedade (NT: não sei muito bem a que se referem estes pagamentos.);  

                  • Aumentar as contribuições para a segurança social em 3%, tanto para empregados como empregadores.


                      Pensões/Reformas

                      Notar que a reforma do sistema de pensões já tinha sido discutida muito antes da entrada do FMI, mas nunca tinha sido implementada. A Grécia tem uma percentagem desproporcionada de população idosa, cerca de 2.6 milhões e uma população activa na ordem dos 4.4 milhões, isto para uma população total de 11.2 milhões. Isto obriga o estado a contrair empréstimos para puder efectuar os pagamentos mensais.
                      A 8 de Julho aprovou um conjunto de princípios depois de terem sido efectuadas mais de 50 emendas à lei. As medidas mais importantes foram:

                      • Cortar os subsídios de férias e natal para todos os pensionistas que recebam mais de 2 500€/mês brutos. Aqueles que ganhem menos de 2500€ vão receber 200€ pela Páscoa, 200€ pelo Verão e 400€ no Natal;  
                      • Cortar os subsídios de férias e natal para todos os pensionistas com menos de 60 anos, excepto para aqueles que tenham o número mínimo de anos de contribuição, tenham menos dependentes ou estudantes com menos de 24 anos a viver na mesma casa;  
                      • Todas as pensões congeladas até 2013;  
                      • Calculo das pensões tendo em conta toda a carreira contributiva. Vai estar em vigor um sistema de transição até 2015;  
                      • Passagem da idade de reforma no sector público e privado para os 65 anos;  
                      • Ajustes da idade de reforma tendo em conta a esperança média de vida a partir de 2020;  
                      • As pessoas podem-se reformar a partir dos 60 anos com penalizações de 6% por cada anos, ou aos 65 anos com pensão completa depois de 40 anos de serviço. A partir de 2015 ninguém abaixo dos 60 se poderá reformar;  
                      • Os trabalhadores que tenham trabalhos de desgaste rápido podem reformar-se a partir dos 58 anos (antes era 55) a partir de 2011;  
                      • Desconto para um fundo de solidariedade social (LAFKA), a ser feito pelos pensionistas que ganhem mais de 1400€, a partir de 1 de Agosto de 2010:
                        • 1401 a 1700: 3%;
                        • 1701 a 2300: 5%;
                        • 2301 a 2900: 7%;
                        • 2901 a 3200: 8%;
                        • 3201 a 3500: 9%;
                        • Mais de 3500: 10%.
                             

                          • Aumento da idade de reforma para mães trabalhadoras:
                            • No sector privado: para 55 (era 50) em 2011, 60 em 2012 e 65 em 2013;
                            • No sector público: para 53 em 2011, 56 em 2012, 59 em 2013, 62 em 2014 e 65 em 2015;
                            • Com três filhos: 50 em 2011, 55 em 2012 e 60 em 2013.
                                   

                                • Retirada da pensão aos ex-empregados públicos que sejam apanhados a trabalhar e tenham menos de 55 anos; Corte em 70% se tiverem mais de 55 anos e se a pensão for mais de 850€/mês. A partir de 2011;  

                                • Limitar a transferência de pensão de pais para filhos segundo critérios de idade e rendimento, o que inclui o pagamento de 26 000 a filhas divorciadas ou solteiras de empregados bancários e empregados públicos. Se os filhos podem receber duas destas transferências, apenas receberão uma delas, a maior, a partir de 2011;  

                                • A pensão completa pode ser transferida para viúvas(os) se a data da morte ocorreu após cinco anos de casamento e o cônjuge vivo tem mais de 50 anos e se certos parâmetros de rendimentos são cumpridos. No entanto, durante os primeiros três anos após a morte os pagamentos serão retidos;  

                                • Estabelecimento de uma pensão mínima garantida de 360€;  

                                • As pensões não devem exceder 65% do rendimento auferido enquanto se trabalhava (anteriormente este número podia chegar aos 96% baseado nos últimos anos de trabalho e nos mais bem pagos);  

                                • Os que não pagaram segurança social podem receber a pensão mínima desde que tenham mais de 65 anos, não tenham rendimentos e que vivam há mais de 15 anos na Grécia;  

                                • Fusão dos 13 fundos de pensão Gregos até 2018. Os fundos dos trabalhadores por conta de outrem, agricultores, empresários em nome individual e trabalhadores do sector público, serão integrados na segurança social até 2013;  

                                • Reduzir o número de fundos que servem os advogados, engenheiros, jornalistas e médicos;  

                                • Reforma completa das condições de reforma dos militares e forças de segurança o que inclui aumentar a idade de reforma e a remoção de bónus especiais;


                                    Impostos

                                    • IVA: todas as taxas de IVA foram aumentadas 10%: 5 para 5.5%, 10% para 11% e 21 pra 23%;  
                                    • Imposto sobre tabaco, bebidas alcoólicas e combustíveis: imposto adicional de 10%;  
                                    • Imposto em automóveis de luxo (novos e usados): 10 a 40% baseado no valor em novo e no valor de mercado;  
                                    • Publicidade na TV: toda a publicidade na TV está sujeita a um imposto de 20% a partir de 2013;  
                                    • Imposto especial de 1% para aqueles que tenham um rendimento líquido de 100 000€ ou mais

                                  • domingo, 27 de março de 2011

                                    Jornal russo "Pravda.ru" escreve 4 páginas sobre Portugal

                                     



                                    Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal pelo Governo liberal de José Sócrates, um caso de um outro governo de centro-direita pedindo ao povo português a fazer sacrifícios, um apelo repetido vezes sem fim a esta nação trabalhadora, sofredora, historicamente deslizando cada vez mais no atoleiro da miséria.

                                     

                                    E não é porque eles serem portugueses.
                                     
                                    Vá ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores socioeconómicos e
                                     você vai descobrir que doze por cento da população é português, o povo
                                     que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que
                                     controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando a costa
                                     africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no
                                     Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da
                                     Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao
                                     Japão... e Austrália.

                                     Esta semana, o Primeiro Ministro José Sócrates lançou uma nova onda

                                     dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA,
                                     mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório
                                     por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto
                                     com o mundo real, um esteio na classe política elitista Português no
                                     Partido Social Democrata e Partido Socialista, gangorras de má gestão
                                     política que têm assolado o país desde anos 80.

                                     O objectivo? Para reduzir o défice. Por quê?

                                     Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE?
                                     Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia deixou-se a
                                     ser sugado é aquele em que a agências de Ratings, Fitch, Moody's e
                                     Standard and Poor's
                                    , baseadas nos estados unidos da América (onde
                                     havia de ser?) virtual fisicamente controlam as políticas fiscais,
                                     económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da
                                     atribuição das notações de crédito.

                                     Com amigos como estes organismos, e Bruxelas, quem precisa de

                                     inimigos? Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto
                                     forjado por uma França tremente e com medo, apavorada com a Alemanha
                                     depois que suas tropas invadiram seu território três vezes em setenta
                                     anos, tomando Paris com facilidade, não só uma vez mas duas vezes, e
                                     por uma astuta Alemanha ansiosa para se reinventar após os anos de
                                     pesadelo de Hitler. França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os
                                     mercados para sua indústria.

                                     E Portugal? Olhem para as marcas de automóveis novos conduzidos por

                                     motoristas particulares para transportar exércitos de "assessores"
                                     (estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de qual país
                                     eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroen ou Renault. Eles são
                                     Mercedes e BMWs. Topo-de-gama, é claro.

                                     Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD

                                     (Partido Social Democrata, direita) e PS (Socialista, de centro), têm
                                     sistematicamente jogado os interesses de Portugal e dos portugueses
                                     pelo esgoto abaixo, destruindo sua agricultura (agricultores
                                     portugueses são pagos para não produzir) e sua indústria (desapareceu)
                                     e sua pesca (arrastões espanhóis em águas lusas), a troco de quê?
                                     O quê é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total
                                     de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza em uma base
                                     sustentável?

                                     Aníbal  Cavaco da Silva, agora presidente, mas primeiro-ministro durante

                                     uma década, entre 1985 e 1995, anos em que estavam despejando bilhões
                                     através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do
                                     desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores
                                     políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente porque ele éconsiderado
                                     "sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem vê é rei), como se isso
                                     fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é) e como se
                                     a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de
                                     sanguessugas e parasitas inúteis (que são), ele é o pai do défice
                                     público em Portugal e o campeão de gastos públicos.
                                     
                                    A sua "política de betão" foi bem concebida, mas como sempre, mal
                                     planeada, o resultado de uma inepta, descoordenada e, às vezes
                                     inexistente localização no modelo governativo do departamento do
                                     Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses
                                     investidos que sugam o país e seu povo.
                                     
                                    Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção
                                     de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o
                                     transporte interno e fomentando a construção de parques industriais
                                     nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que
                                     assentava no litoral.

                                     O resultado concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para

                                     fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques
                                     industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas,
                                     em muitos casos já fecharam.

                                     Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou

                                     em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram
                                     encomendados Lamborghini. Maserati. Foram organizadas caçadas de
                                     javali em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo e
                                     Aníbal Silva ficou a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o
                                     dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou
                                     a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a
                                     participarem. Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu
                                     próprio partido político. E ele é um dos melhores.

                                     Depois de Aníbal Cavaco da Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António

                                     Guterres (PS), um excelente Alto Comissário para os Refugiados e um
                                     candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro
                                     em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo diplomata
                                     excelente, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora
                                     Presidente da Comissão da EU, "Eu vou ser primeiro-ministro, só que
                                     não sei quando") que criou mais problemas com seu discurso do que ele
                                     resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes (PSD), que não tinha
                                     qualquer hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha.
                                     Resultando em dois mandatos de José Sócrates; um Ministro do Ambiente
                                     competente, que até formou um bom governo de maioria e tentou
                                     corajosamente corrigir erros anteriores. Mas foi rapidamente asfixiado
                                     por interesses instalados.

                                     Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este

                                     primeiro-ministro, são o resultado da sua própria inépcia para
                                     enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise
                                     mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo
                                     foram buscar três triliões de dólares de um dia para o outro para
                                     salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi
                                     produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projectos
                                     de educação).

                                     E, assim como seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria,

                                     demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus
                                     ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que
                                     obviamente serão contra-producentes. Pravda.Ru entrevistou 100
                                     funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os
                                     resultados:

                                     Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos

                                     (94%). Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu
                                     melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país
                                     (5%) Concordo com o sacrifício (1%) Um por cento. Quanto ao aumento
                                     dos impostos, a reacção imediata será que a economia encolhe ainda
                                     mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que
                                     multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afectará a
                                     criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado
                                     a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no
                                     caso de Portugal, contínua) recessão. Não é preciso ser cientista de
                                     física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que
                                     sonhou com esses esquemas, tem resultados num pedaço de papel, onde
                                     eles vão ficar. É verdade, as medidas são um sinal claro para as
                                     agências de ratings que o Governo de Portugal está disposto a tomar
                                     medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português. Quanto ao
                                     futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um
                                     retorno para o PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de
                                     Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o
                                     eleitorado de suas ideias e propostas.

                                     Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de

                                     punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, enviou os
                                     interesses de Portugal no ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas,
                                     não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos.
                                     Esses traidores estão levando cada vez mais portugueses a questionarem
                                     se deveriam ter sido assimilados há séculos, pela Espanha. Que
                                     convidativo, o ditado português "Quem não está bem, que se mude".
                                     Certo, bem longe de Portugal, como todos os que possam, estão fazendo.
                                     Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário
                                     lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico, e uma classe
                                     política abominável

                                    sexta-feira, 18 de março de 2011

                                    Goldman Sachs recompra títulos que Buffett adquiriu em plena crise financeira

                                    Banco vai reter 2,8 dólares por acção aos lucros, no primeiro trimestre de 2011.
                                    O Goldman Sachs vai recomprar os 5 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros) de acções preferenciais adquiridas no pico da crise financeira de 2008pelo segundo norte-americano mais rico do mundo, Warren Buffett.

                                    Esta recompra implicará um custo único para o Goldman Sachs de 1,64 mil milhões de dólares (1,17 mil milhões de euros), o que significa reter 2,8 dólares (2 euros) por acção aos lucros do primeiro trimestre de 2011.

                                    Esta operação implicará também a redução adicional de quatro cêntimos por acção aos lucros do primeiro trimestre, uma vez que vai fazer acelerar o pagamento de 24 milhões de dólares (17,18 milhões de euros) dos dividendos dessas acções preferenciais, refere o banco.

                                    A Bloomberg avança, igualmente, que esta reaquisição de activos vai permitir que os executivos de topo do banco deixem de ser obrigados a reter 90% das suas acções do Goldman.

                                    O Goldman Sachs ainda não tinha concretizado este pagamento porque esperava a autorização da Reserva Federal para poder voltar a recomprar estes activos. Hoje, a entidade liderada por Ben Bernanke anunciou que alguns bancos vão poder aumentar os dividendos ou recomprar acções, depois da realização dos testes de stress.

                                    Em 2008, a aquisição das acções preferenciais no valor de 5 mil milhões de dólares por parte da Berkshire Hathaway, detida por Buffett, foi uma forma de evitar dificuldades após o colapso que se verificou em muitos bancos de investimento norte-americanos em 2008, como o Lehman Brothers. Essas acções garantiam um dividendo de 10%.

                                    Em Fevereiro passado, a companhia Swiss Reinsurance pagou igualmente o empréstimo que Warren Buffett concedeu à seguradora em 2009 na sequência da crise financeira. O valor era de 3 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros).

                                    quarta-feira, 2 de março de 2011

                                    Camara Municipal de Castro Daire

                                    -Mas afinal o que se passa na Camara Municipal de Castro Daire?
                                    -Passei pelas Termas do Carvalhal e reparei que as ruas vão ficar mais estreitas,porquê?
                                    -Aproximei-me das obras e para meu espanto deparei-me com o enterro de toneladas de granito cerrado que deve ter custado uma fortuna aos contribuintes,porquê?
                                    Será que se investissem primeiro nuns balneários modernos, maiores, com mais oferta de tratamentos, enfim com aquilo que a actualidade justifica, não seria mais prioritário do que enterrar granito e apertar ruas? Porquê esta prioridade?
                                    Porquê apertar ruas como fizeram na entrada da vila?
                                    Porquê enterrar toneladas de granito como fizeram na vila?
                                    Então mas o executivo não mudou?
                                    Se mudou deviam mudar as politicas do enterro de granito...
                                    Mas afinal quem anda a fornecer este granito todo?
                                    Então mas a camara não tem uma pedreira? Porque não o fornece?
                                    Vejam o que se passa nas outras termas com parcerias publico-privadas, aprendam, se não têm capacidade de as desenvolver deixem que alguem o faça por vós/nós.
                                    Há uma frase do Eça de Queiroz que diz:
                                    "OS POLÍTICOS E FRALDAS DEVEM SER
                                     TROCADOS COM FREQUÊNCIA PELO MESMO MOTIVO!!! "
                                    Eu diria um pouco diferente, aliás apenas tirava a palavra politicos e colocava certos executivos da Camara Minicipal de Castro Daire, pois parece-me que mandam mais do que o Presidente e nem são de cá, mas vieram para cá porque da terra deles já foram corridos...

                                    (continua)...